Salgueiro - Em Payon, realmente as árvores tem ouvidos

Após minha constrangedora batalha contra um zangão, e bastante milhas andadas eu finalmente chego nos arredores de Payon, eu gostaria que fosse a cidade, mas infelizmente era apenas a floresta, e o pior é que eu não sei que monstros tem ali, não sei nem o caminho para a cidade, eu só sabia que estava em Payon por causa das grandes vegetações de Bambus, já que era predominante na área é claro.

Eu estava cansada, meus pés doíam muito, eu tinha feito uma longa caminhada de Prontera até Payon e eu precisava descansar, e a única coisa que eu vi foi um grande tronco velho com algumas trepadeiras presas, mas aquilo não iria atrapalhar meu descanso, no intuito de tirar um belo cochilo, eu sento no tronco e começo a me preparar, mas sempre precavida é claro, eu não poderia simplesmente ``apagar´´ ali... eu iria apenas dar uma pausa e continuar seguindo meu caminho.

E foi ai que tudo se complicou, depois de deitar eu comecei a sentir roncos embaixo de mim, e aquele tronco tremia, me veio a pensar que ele estava cheio de insetos. Fui checar, e quando eu levantei daquilo... diante dos meus olhos, aquele tronco levantou, como se tivesse ganhado vida e furioso ergueu seus braços para cima e usou seus poderes botânicos para fazer algumas raízes prenderem meus pés.

Em um movimento rápido eu me armei com minha faca e cortei as raízes para que eu pudesse fugir, mas como eu estava com minha guarda baixa, aquele monstro me golpeou com um soco na minha cara, ele tinha muita força, com apenas um soco eu consegui voar alguns metros de distância. Dolorida e cansada eu levo minhas mãos até um suporte preso em meu cinto e pego uma poção vermelha.

Aproveitando nossa distância, eu consigo beber todo aquele frasco, e graças ao seu poder regenerativo eu me recupero das lesões, mas não do cansaço. Finalmente eu consigo me levantar, e trago do chão uma pedra, pontuda e grande e boa para fazer estragos com arremessos, e foi nisso que eu pensei... eu levantei meu braços e flexionei os mesmos, e com toda minha força eu arremessei a pedra, que atingiu a cabeça do Salgueiro.

Ele esfrega sua pele escamosa composta por madeira em sua testa, dando sinal de que aquele pedregulho havia machucado, furioso ele corre em minha direção e eu assustada tento bolar alguma estratégia ou movimento para me safar do tranco que ele iria me dar, e foi ai que veio a ideia. Esperei ele se aproximar e quando ele se aproximou e me joguei no chão e fui para cima dele com uma rasteira, passando entre suas pernas. Enquanto eu passava eu cortava as trepadeiras que ficavam acopladas nele.

Me safando de uma investida eu levanto as trepadeiras do Salgueiro e zombo da cara do mesmo, que continua me olhando com a mesma expressão de sempre, já que seu rosto e esculpido, parecia que aquelas plantas faziam parte do corpo do Salgueiro, sem elas ele seria apenas um tronco e não uma árvore, e sem planta, sem força. Desfrutei da situação, vendo o tronco ficar ajoelhado, quase caindo, e tento atacar diretamente. Com minha faca eu desfiro um corte em seu abdômen, enquanto me posiciono para trás do mesmo e desfiro mais um corte, só que dessa vez em sua traseira.

O tronco cai diante de mim se despedaçando e perdendo o encanto, assim se tornando apenas escombros de madeira. Feliz com minha segunda batalha e mais otimista eu continuo seguindo para Payon, mas as coisas complicam quando ouço alguns rosnados.